A Catraca Maluca



A professora acabara de entregar a ele o resultado da prova de matemática. A surpresa foi enorme: um "C". Naquela época, a aprendizagem era avaliada em letras, A, B, C e D, e ele, um aluno que quase sempre conquistava um "A", ficou perplexo com sua nota. Era um menino dedicado e concentrado na escola, mas naquela prova, percebeu que havia errado quase todas as questões. A única razão pela qual não recebeu um "D" foi porque a professora era sua madrinha.

Ela lhe disse, com um olhar sério: -"Você precisa deixar essa bicicleta de lado."

Ele havia ganhado uma bicicleta nova naquela época. No entanto, a bicicleta não era realmente sua e nem nova. Em uma família com tantos filhos, ninguém era dono de nada.

Com apenas 9 anos, ele estava apaixonado por aquela bicicleta com mais de 10 remendos na câmara de ar. Subia e descia os morros em alta velocidade, tão absorto em sua diversão que nem percebia quando a noite chegava.

O problema era a catraca da bicicleta, que parecia ter vida própria e falhava com frequência. E quando isso acontecia acabava batendo com os testículos no quadro, já que ainda não tinha altura para sentar no selim e pedalava em pé.

Apesar da intensa dor, ele logo se recuperava e voltava a montar na bicicleta. E a catraca falhava novamente. Hoje, ele agradece a Deus por ainda ser capaz de produzir espermatozoides.

Com o tempo, percebeu que a catraca emitia um som característico antes de falhar, então, aprendeu a pular rapidamente da bicicleta quando ouvia o barulho. Embora se machucasse ocasionalmente, a dor de um arranhão era infinitamente menor que a dor testicular, como qualquer menino que já tenha jogado bola pode atestar.

A nota "C" na prova de matemática o havia assustado, mas não o suficiente para fazê-lo abandonar sua amada bicicleta. O dia da segunda prova de matemática estava se aproximando rapidamente e ele precisava recuperar sua nota.

O dia da prova chegou, e o desafio era dividir números. Divisor, quociente, dividendo... Ele conhecia a teoria, mas na hora dos cálculos, sua mente vagava para as lembranças da brisa em seu rosto enquanto descia os morros, das emoções nas curvas, do cheiro de terra molhada e das andorinhas que se alinhavam nos fios de alta tensão, fazendo-o questionar por que não eram eletrocutadas.

Desta vez, ele recebeu mais um "C", sem a ajuda de sua professora madrinha. Era um "C" genuíno, que o afetou profundamente. No entanto, ele acredita que tenha sido o último "C" que tirou em toda a sua trajetória estudantil.

Pouco tempo depois, sua querida bicicleta, com sua catraca maluca e muitos remendos, estava danificada além de qualquer reparo. No entanto, a esperança de ter uma bicicleta só sua continuava viva em sua memória.

Ele finalmente realizou esse sonho aos 23 anos de idade, mas a emoção não era a mesma. Como ele aprendeu ao longo da vida, tudo tem seu tempo.


A Epidemia das Drogas K

 




Os cientistas, impulsionados pela honrosa intenção de criar uma alternativa aos tradicionais tratamentos médicos, empreenderam uma jornada de pesquisa na síntese de canabinoides, com a esperança de proporcionar conforto e cura. Entretanto, o que eles não imaginavam era que, ao perseguir esse objetivo, acabariam criando acidentalmente uma sombra maligna: as drogas K.

As chamadas "drogas K", conhecidas nas ruas como K2, K4, K9 e tantos outros nomes diversos, pertencem ao grupo de Novas Substâncias Psicoativas. A intenção original dos cientistas era nobre, mas o resultado foi uma criação sinistra. São drogas feitas em laboratório, sintéticas, que se assemelham a algo que muitos conhecem como "maconha sintética". No entanto, essa semelhança é traiçoeira, uma ilusão que pode custar vidas.

O rótulo "maconha sintética" pode ser enganador, afastando-se da verdade sobre o quão perigosas são as drogas K. Apesar de se ligarem ao mesmo receptor do cérebro que a maconha comum, essas substâncias são muito mais potentes e, como um lobo em pele de cordeiro, elas revelam seu verdadeiro rosto apenas após serem consumidas.

Os sintomas causados por essas drogas são uma verdadeira lista de horrores. Elas têm um potencial devastador, causando dependência, atingindo diversas regiões do corpo e aumentando a depressão. Os usuários experimentam o aumento da frequência cardíaca, ataques de raiva e agressividade, paranoia, ansiedade e alucinações. Para alguns, o pesadelo pode levar a convulsões, insuficiência renal, arritmias cardíacas e, em casos extremos, à morte.

O efeito zumbi que as drogas K induzem é assustador. Os usuários se tornam lentos e desorientados, em um estado de consciência alterado que os afasta da realidade. É como se eles estivessem vagando em um mundo sombrio e desprovido de esperança.

A preocupação em não chamar as drogas K de "maconha sintética" passa pela delicada discussão em torno da cannabis medicinal, que tem mostrado seu valor terapêutico em muitos casos. O uso indevido do termo pode lançar uma sombra sobre a legítima busca por tratamentos medicinais à base de cannabis.

As drogas K são uma advertência brutal de que boas intenções nem sempre levam a boas criações. A linha tênue entre a busca pelo alívio do sofrimento humano e a criação de monstros químicos é uma realidade que não pode ser negligenciada. A busca por soluções pode, inadvertidamente, criar problemas mais complexos. Por trás das ilusões, pode-se esconder um abismo de destruição.


Novo Ensino Médio Vai Mudar - Projeto de Lei Já Foi Para o Congresso

 



A Educação no Brasil está passando por uma série de mudanças significativas que visam aprimorar a qualidade do ensino médio. Essas transformações têm como base uma série de afirmações que impactarão diretamente o currículo e a estrutura do ensino médio. Abaixo, destacamos os principais pontos dessas mudanças:

1- Retomada da Formação Geral Básica de 2.400 horas: A formação geral básica será estendida a todos os estudantes do ensino médio, desvinculando-se da integração com um curso técnico. Isso garantirá que os alunos obtenham uma base sólida de conhecimento em diversas áreas.

2- Disciplinas obrigatória: Todas as disciplinas do ensino médio voltam a ser obrigatórias! A língua espanhola voltará a ser uma disciplina obrigatória em todas as redes de ensino no prazo de 3 anos, enriquecendo o repertório linguístico dos estudantes e preparando-os para um mundo globalizado.

3- Permissão para cursos técnicos integrados: As redes de ensino poderão oferecer uma Formação Geral Básica reduzida para 2.100 horas, desde que combinada com um curso técnico de, no mínimo, 800 horas. Isso permitirá uma maior flexibilidade para atender às necessidades dos estudantes que desejam se especializar em áreas técnicas. 

4- Itinerários formativos: Haverá a definição de 4 "Percursos de Aprofundamento e Integração de Estudos propedêuticos", que devem abranger pelo menos 3 áreas do conhecimento. Cada escola deverá oferecer pelo menos 2 desses itinerários, dando aos estudantes a oportunidade de personalizar sua educação de acordo com seus interesses e aptidões.

5- Parâmetros nacionais para itinerários: Serão estabelecidos parâmetros nacionais que definirão quais componentes curriculares devem ser priorizados em cada itinerário formativo, garantindo uma base consistente em todo o país.

6- Restrições à Educação à Distância: Os componentes curriculares da Formação Geral Básica não poderão ser oferecidos na modalidade de Educação à Distância. A oferta dessa modalidade será regulamentada e restrita a contextos específicos para os chamados itinerários formativos.

7- Profissionais do magistério licenciados: A inclusão de profissionais não licenciados, com reconhecimento de notório saber, na categoria de profissionais do magistério será revogada. Será criada uma regulamentação para permitir que esses profissionais atuem excepcionalmente no ensino médio em situações específicas. 

Essas mudanças visam aprimorar a educação no ensino médio, oferecendo aos estudantes uma formação mais completa e flexível, ao mesmo tempo em que asseguram a qualidade do ensino. A implementação dessas medidas é um passo importante na construção de um sistema educacional mais forte e adaptado às necessidades dos jovens brasileiros.


Tela Infinita

 



Foi em um hotel, daqueles que nos fazem sentir um imperador romano de férias, que me deparei com uma arquitetura moderna que beirava o surreal: uma piscina infinita. Ela se estendia até o horizonte, oferecendo uma visão espetacular. E ali, na beira daquela piscina, comecei a refletir sobre como a palavra "infinito" conquistou o mundo, ou pelo menos, o meu mundo cotidiano.

A piscina infinita, com seu horizonte distante, parece ser o símbolo perfeito de uma era onde o "infinito" está em toda parte. A mídia e a tecnologia estão repletas de termos que usam essa palavra de maneira quase obsessiva.

O "scrolling infinito" das redes sociais nos mantém rolando a tela incessantemente, alimentando-nos com uma interminável cascata de informações e imagens.

As "playlists infinitas" dos serviços de streaming musical nos oferecem uma experiência auditiva ininterrupta, mas muitas vezes esquecemos o que é escolher uma música específica, pois a próxima sempre está pronta para tocar.

E os games, agora chamados de "jogos infinitos," não têm mais um fim claro, permitindo, assim, que os jogadores continuem indefinidamente.

Essa obsessão pela infinitude se espalhou pela juventude. Os livros já não são mais tão interessantes, e autores começaram a criar best-sellers que parecem perder o fio da meada, apenas para prolongar a sensação do prazer.

Agora, os aplicativos de "tela infinita," como Twitter, Instagram e TikTok, dominam a cena. Os usuários não mais escolhem o que veem, apenas rolam compulsivamente. A cada momento, são bombardeados com informações cada vez menos relevantes para sua formação moral e acadêmica. Violência, desastres e bobeiras ocupam o mesmo espaço na tela, e a juventude passa horas a fio diante do celular, sem perceber o excesso de conteúdo consumido.

Além disso, a "tela infinita" causa uma perda de foco. A constante busca pelo que é novo leva à procrastinação e à perda de produtividade. O mundo real, com suas demandas e nuances, perde espaço para a realidade virtual e suas infinitas possibilidades.

Especialistas em saúde mental já começam a estudar as consequências dessa obsessão digital. Psicólogos e psiquiatras diagnosticam, constantemente, distúrbios precoces em crianças devido ao uso abusivo desses aplicativos. A ansiedade se torna uma companheira indesejada.

A solução está em limitar o tempo de uso e em impor regras e restrições. Comandos nos celulares podem ajudar a conter a compulsão. A tecnologia, que tantas vezes salva vidas e facilita o trabalho, também pode causar estragos na vida de crianças e adolescentes.

Talvez fosse a hora de perceber que, mesmo em uma era de infinitude digital, o mundo continua seguindo seu ciclo natural. As coisas têm começo, meio e fim, e é crucial reconhecer e aprender com esses eventos. Somente assim, com os pés firmes na realidade, poderemos amadurecer em meio a essa maré infinita de informações e distrações.


A "Fantástica" Fábrica de Chocolates


 


Era um dia ensolarado e alegre, daqueles que dão vontade de sair da cama com um sorriso, mas para os alunos da escola era o dia de uma emocionante excursão à misteriosa fábrica de chocolates. Alguns deles estavam tão empolgados que já esperavam pelo ônibus no pátio desde o amanhecer.

O ônibus, quando finalmente apareceu, não parecia em nada uma viagem educativa. Os alunos cantavam e dançavam nas poltronas, como se estivessem em uma boate sobre rodas, ignorando completamente o propósito pedagógico do passeio.

Chegando à fábrica, eles vestiram os equipamentos higiênicos e de segurança e assistiram a uma série de vídeos informativos, parte do chato cronograma burocrático que antecedia o momento mais aguardado.

Divididos em grupos, começaram a explorar as instalações da fábrica. Toneladas de chocolates circulando por tubos sinuosos parecendo ficção científica. Coberturas descendo dos “céus”, tudo isso era como entrar no mundo de Willy Wonka. A cada esquina havia uma parada para degustar as delícias que saíam das máquinas. Os alunos comiam como se tivessem múltiplos pâncreas, desafiando a digestão e o bom senso.

Mas aquele dia era único. Seria justo deixar a máquina humana de prontidão para que aqueles meninos pudessem se esbaldar naquele caudaloso ébano rio dos prazeres!

De volta ao ônibus, o frenesi se transformou em uma sonolenta digestão. A maioria dos alunos cochilava nas cadeiras, mas um deles estava muito inquieto. Quando questionado sobre o que aconteceu, ele revelou o verdadeiro motivo de sua agitação:

- Professor, estamos perto de um posto de gasolina? Preciso ir ao banheiro!

Foi aí que ele percebeu que o ônibus não tinha sanitário!

A resposta do professor indicava que ainda faltavam cerca de 20 quilômetros, mas o garoto optou por esperar. Ele, corajosamente, manteve a calma enquanto monitorava constantemente seu estado.

Finalmente, o alívio chegou quando pararam em um posto de gasolina. O aluno saiu disparado à procura do banheiro, e o professor esperou, pacientemente, no ônibus.

Mas o que se seguiu foi um episódio inacreditável. O aluno demorava demais, então o professor decidiu investigar. Abriu a porta do banheiro e...

- Professor, me ajude, por favor! Veja como estou! - Disse o aluno.

O garoto tinha conseguido sujar sua roupa do tênis até a altura do peito. Pensei: "como conseguiu sujar a camisa?". Devia ter ocorrido o fenômeno da capilaridade ou a ação da força de Van Der Waals (aprendi isso na faculdade). No entanto, lembro que isso só acontecia com as plantas. Na verdade, não sabia quais forças estranhas fizeram aquele líquido fétido subir tanto.

Enquanto todas as células do professor pediam para ele rir da cena bizarra, ele se lembrou de sua missão de resgatar o aluno de uma situação constrangedora. Mais de 30 colegas estavam prontos para ridicularizá-lo no ônibus.

E tinha que ser rápido, mas o que fazer diante de tamanha “calamidade”?

O professor perguntou:

- Você tem outra roupa no ônibus?

Ele disse:

- Não professor! E agora, como vou sair daqui!? Meu Deus! Meu Deus!

Disse para que se acalmasse, que iria pensar numa saída.

- Fique aí um pouquinho! Eu tenho um plano!

O professor voltou ao ônibus:

- Meninos, nosso colega teve uma reação ruim ao chocolate e acabou vomitando sobre si mesmo. Alguém tem uma bermuda e uma camisa sobressalente para emprestar?

Um dos aluno vestia duas bermudas, uma por cima da outra. Não entendi por que ele tinha esse costume! Acho que pode ter sido um "milagre". Afinal, era a única bermuda sobrando que havia naquele ônibus!

De volta ao banheiro, o professor entregou as roupas limpas ao aluno:

- Agora, você precisa de um banho - disse o professor.

No entanto, o chuveiro ficava do outro lado do posto de gasolina, e o aluno teria que passar em frente a uma loja de conveniência. O professor agiu como um guarda-costas, escoltando o aluno até o chuveiro. Enquanto o aluno tomava banho, o professor conversou com o dono do posto sobre a "tragédia" e conseguiu um saco para guardar as roupas sujas.

Finalmente, o aluno saiu do banheiro cheiroso e limpo, e todos no ônibus comemoraram. Parecia que a crise estava resolvida.

Mas, como diz o ditado, "a máquina mais perfeita um dia falha", e nesse caso, o dia ainda reservava mais surpresas.

- Professor, falta muito para chegar em outro posto de gasolina? Estou precisando ir ao banheiro novamente. - Perguntou o menino.

Tudo de novo. O professor pensou: por que não fomos visitar uma plantação de bananas ou de goiabas?

Um novo plano teve que ser colocado em ação. O professor afirmou que o aluno estava passando mal novamente e precisava parar. Pegou um rolo de papel higiênico e saíram do ônibus.

Desta vez, eles se aventuraram na natureza, encontraram uma sombra sob um pé de mamona. O aluno, aliviado, agradeceu por ter sido poupado de outra situação constrangedora.

No entanto, quando estavam quase chegando ao destino, uma corrente de ar desagradável se espalhou pelo ônibus, fazendo todos se perguntarem o que estava acontecendo. O professor pensou na lei de Murphy, na terceira etapa do plano, mas, para surpresa de todos, o aluno apontou com o dedo e explicou que era apenas um "escape" natural.

E assim terminou o dia na "fantástica" fábrica de chocolates, repleto de incidentes inesperados e reviravoltas engraçadas, provando que, às vezes, a vida imita a comédia mais do que a ficção. O professor se sentiu como um super-herói, mas também aprendeu que o imprevisível é a parte mais intrigante de qualquer aventura educativa.


O Que é Fósforo Branco Supostamente Usado na Guerra?

 



No trágico cenário de conflitos, a quebra de acordos internacionais assume proporções de crimes de guerra, abrindo feridas que vão além das batalhas. Recentemente, na guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, a acusação de uso de armas de fósforo branco, claramente proibidas por tratados internacionais, trouxe à tona uma preocupação perturbadora.

Mas o que é o fósforo branco, afinal? Para muitos, essa substância misteriosa permanece um enigma. O Blogdorobinho está aqui para jogar luz sobre o assunto. O fósforo branco, uma substância altamente inflamável, pode causar estragos devastadores. Não se trata apenas de queimaduras na pele, embora essas sejam dolorosas e graves. Seus efeitos podem se estender aos olhos e aos pulmões, lançando um manto de sofrimento sobre aqueles que sofrem com sua exposição.

A tragédia não se limita a lesões superficiais. Órgãos vitais, como o fígado, os rins e o coração, podem sofrer danos irreparáveis quando o fósforo branco entra em cena. A inalação ou ingestão dessa substância venenosa pode até ser fatal, acrescentando um componente letal a um conflito já mortal.

Palestinos têm gravado vídeos perturbadores, sugerindo o uso de armas contendo fósforo branco por parte de Israel, que nega o fato. Tais acusações não devem ser ignoradas e sim, minuciosamente investigadas pelas autoridades internacionais.

Além do fósforo branco, outros tipos de armas também são proibidos por tratados internacionais, incluindo armas químicas, incendiárias, biológicas, de fragmentação e minas terrestres. O uso indiscriminado dessas armas proibidas só serve para intensificar os horrores das guerras, gerando revolta em outras nações e aprofundando o ciclo de violência.

Enquanto o mundo observa, esperamos que a justiça internacional possa investigar as acusações e promover a responsabilidade. A esperança é que, em algum momento, possamos todos olhar para um futuro em que as armas proibidas e a quebra de acordos internacionais se tornem páginas tristes na história, em vez de uma realidade persistente.


Os 10 dos piores salários de diplomados no país é de professor

 


Entenda Por Que os Estados Unidos Apoia Israel Na Guerra

 



No complexo tabuleiro do conflito no Oriente Médio, observamos um cenário de acusações e contradições que fazem lembrar o famoso ditado: "Na guerra, não existem mocinhos." O ataque do Hamas a Israel e a iminente resposta de Israel sobre a Faixa de Gaza são condenados por muitos em todo o mundo. Entretanto, a intricada rede de interesses que envolve todos os lados torna evidente que a situação é muito mais complexa do que parece à primeira vista.

A busca por acordos de paz entre judeus e muçulmanos, enquanto essencial, muitas vezes esbarra em desafios consideráveis. Um desses desafios é a posição dos Estados Unidos, que manifestam um apoio explícito a Israel. Por trás dessa atitude, há razões que vão além da aparente simplicidade. Os EUA têm um profundo interesse na vitória dos judeus neste conflito.

Primeiramente, a população judaica nos Estados Unidos é numericamente semelhante à de Israel, com cerca de 6 milhões de habitantes. Esse grupo desempenha um papel crucial na política norte-americana, exercendo influência significativa no Congresso dos Estados Unidos e contribuindo financeiramente para campanhas políticas.

Além disso, a relação entre os judeus norte-americanos e Israel é estreita, com muitos deles viajando regularmente para o país. Essa conexão fortalece os laços econômicos e culturais, tornando Israel um aliado valioso para os EUA na região. Os Estados Unidos também fornecem bases e armas que auxiliam na manutenção da supremacia militar de Israel, minimizando o crescimento de células terroristas muçulmanas que já causaram sérios problemas aos EUA.

No entanto, a crescente divulgação de imagens de crianças afetadas pelo conflito, juntamente com ataques de grande magnitude filmados e compartilhados pela internet, coloca os Estados Unidos em uma posição delicada. Apoiar uma guerra tornou-se uma questão complexa, especialmente à luz da dificuldade contínua dos Estados Unidos em erradicar o terrorismo global.

Em resumo, esse complexo conflito envolve múltiplos fatores, incluindo expansão territorial, xenofobia, extremismo religioso, protagonismo energético, guerra tecnológica e o espectro político. Em guerras como essa, raramente existem heróis claros, mas sim uma teia de interesses entrelaçados, onde as nações buscam o que acreditam ser seu melhor caminho, frequentemente ignorando as consequências devastadoras que a guerra pode infligir a civis inocentes.


TV 3.0 - Sua Smart TV é Coisa do Passado!

 




Meus caros amigos, se você é tão fascinado por TV quanto eu, deve estar contando os dias para o tão aguardado lançamento da TV 3.0. Já consigo imaginar as smart TVs atuais sentindo-se absolutamente obsoletas, como quem diz: "Adeus, mundo, a era das TVs espertas acabou!".

Nos países mais avançados, a TV 3.0 já é uma realidade. Mas no Brasil, estamos ainda nos preparando para essa revolução televisiva, que vai ser lançada no ano que vem. Vamos assistir aos programas favoritos em 4K com som imersivo.

Uma das grandes novidades das próximas smart TVs será o seu receptor de sinal digital, tão poderoso que fará as atuais parecerem telefones com discagem por pulso. Com isso, será possível assistir a um jogo de futebol em 4K e decidir o ângulo da câmera como se fosse o diretor do espetáculo. E, acredite ou não, você receberá informações personalizadas sobre o programa que está assistindo. Adeus, perguntas do tipo "quem é aquele ator mesmo?".

Mas a cereja do bolo é que você poderá assistir aos programas que desejar, na hora que preferir. Sim, você não estará mais refém da programação da TV, nem precisará suportar interrupções chatas de comerciais ou propagandas. É a revanche da TV digital, que deve estar dando risada lá no fundo da sala.

E, claro, não podemos esquecer a missão nobre da TV 3.0: combater as fake news das bigtecs. Com tanto acesso a conteúdo confiável, quem sabe os inventores de notícias malucas percam um pouco do seu espaço na internet? Esperamos que sim.

Mas a TV 3.0 não é apenas diversão. Ela também pode salvar vidas! Imagine estar assistindo a um emocionante episódio de sua série favorita quando, de repente, recebe um alerta de emergência sobre uma tempestade iminente. Agora, você pode correr para buscar seu guarda-chuva antes que a chuva real comece a cair.

A TV 3.0 tem tudo para revolucionar a maneira como assistimos televisão. Ela oferece uma experiência de visualização tão rica e envolvente que você nunca mais vai querer voltar para a TV antiga. Quem sabe agora a juventude diminua o acesso aos besteiróis do TikTok e volte a saborear programas de qualidade?

Preparem-se para dizer adeus à sua smart TV “antiga”. A TV 3.0 está chegando e promete fazer da nossa experiência televisiva algo que nunca imaginamos. A pergunta que fica é: será que estamos prontos para tanto poder nas mãos do controle remoto? Talvez seja hora de praticar a musculação para segurá-lo firmemente.


Repensando o Dia das Crianças

 




Hoje trago à tona uma questão que assombra nossas prateleiras e carteiras: o Dia das Crianças. Essa data de 12 de outubro que é celebrada com tanto fervor na América do Sul. De fato, teríamos muitos motivos para questionar a celebração como a conhecemos.

O cerne da questão é o hábito de distribuir presentes à garotada. É nesse ponto que muitos de nós começam a suar frio nas lojas de brinquedos e a nos preocupar com nossos saldos bancários. Afinal, será que esse dia precisa ser marcado por tal orgia de compras?

O Dia das Crianças é frequentemente associado a um surto de vendas de produtos e brinquedos. Claro, isso é bom para a economia, mas alguns chamam isso de exploração comercial. E quanto às crianças cujos pais não têm as finanças para comprar brinquedos reluzentes? Será que esses pequenos merecem menos amor e atenção?

E não podemos esquecer que essa data, 12 de outubro, é escolhida de forma meio arbitrária. Será que uma única data no calendário deve concentrar todo o carinho e cuidado que as crianças merecem? 

Além disso, há as crianças vítimas da guerra, que não têm acesso a condições adequadas de vida, educação ou cuidados de saúde. Essa celebração do Dia das Crianças pode destacar essa desigualdade? É como comemorar o Dia do Sol em um lugar onde nunca vemos a luz do dia.

E o consumismo! O foco em presentes e compras pode promover uma cultura de consumo em excesso. Comemorar o Dia das Crianças com presentes grandiosos pode criar expectativas tão elevadas nas crianças que o Natal se torna uma espécie de anticlímax.

E não esqueçamos a pressão financeira que isso coloca sobre as famílias. A pressão de comprar presentes caros no Dia das Crianças pode ser esmagadora, e o que era para ser uma celebração vira um pesadelo.

Além disso, em alguns lugares, o Dia das Crianças foi inicialmente promovido por interesses comerciais. Isso faz com que alguns vejam essa celebração como uma invenção comercial, como um truque para esvaziar nossas carteiras.

Mas antes de vocês decidirem se devemos ou não comemorar o Dia das Crianças nesses moldes, lembrem-se do verdadeiro propósito. Essa data deveria ser um lembrete para pensarmos nas nossas crianças, nas ações dos órgãos governamentais e não governamentais em prol da integridade das crianças. Delas depende a evolução humanista, a construção de um mundo melhor.

Portanto, celebremos, mas não deixemos que o consumismo tome o lugar do verdadeiro significado. Se você decide ou não comprar presentes caros, o que realmente importa é o amor, a educação e o cuidado que oferecemos às nossas crianças todos os dias. Afinal, elas merecem mais do que brinquedos reluzentes, merecem um futuro brilhante e cheio de oportunidades.


Top 10 livros mais vendidos em 2023


 

Guerra se Agrava: Líbano e Síria se Juntam ao Hamas Contra os Judeus

 



­A instabilidade no Oriente Médio atingiu um novo patamar à medida que Israel se viu enfrentando múltiplos fronts. O conflito começou com o Hamas na Faixa de Gaza lançando uma série de ataques de foguetes em direção a cidades israelenses, resultando em uma escalada de violência. Enquanto a situação na Faixa de Gaza era uma preocupação constante para Israel, a entrada do Líbano e da Síria na luta representou uma reviravolta significativa.

O Hezbollah, que historicamente mantém uma presença militar substancial no Líbano e é apoiado pelo Irã, decidiu apoiar o Hamas, ampliando a frente de batalha contra Israel. Esta aliança ressalta a complexa teia de relações e influências geopolíticas na região, com o Irã atuando como um importante ator nos conflitos em curso.

O envolvimento da Síria também é uma mudança importante, uma vez que o governo de Bashar al-Assad tem sido envolvido em uma guerra civil de longa data, com outros grupos rebeldes, e estava previamente focado em questões internas. A entrada da Síria no conflito tem o potencial de ampliar ainda mais a escala do conflito e trazer novos desafios.

O impacto político e econômico dessa escalada de conflito é profundamente preocupante. A instabilidade na região pode ter consequências significativas para o fornecimento global de energia, considerando a importância geopolítica do Oriente Médio. Além disso, a crise humanitária já existente na Síria e na Faixa de Gaza pode piorar substancialmente, com um influxo adicional de refugiados e deslocados internos.

Israel, por sua vez, enfrenta o desafio de defender sua segurança, ao mesmo tempo em que busca minimizar as baixas civis e gerenciar as pressões econômicas e políticas resultantes do conflito em curso. A comunidade internacional também enfrenta a difícil tarefa de mediar um cessar-fogo e encontrar uma solução diplomática para a crise, enquanto se esforça para equilibrar interesses e alianças complexas na região.

Nesse contexto de guerra em rápida escalada, a estabilidade do Oriente Médio parece cada vez mais frágil, e a situação exige esforços urgentes para evitar uma tragédia humanitária ainda maior e uma escalada descontrolada do conflito. A diplomacia e o diálogo são essenciais para evitar que a região entre em uma espiral de violência incontrolável, com consequências devastadoras para todas as partes envolvidas e para a paz global.


Blogdorobinho Explica o Conflito entre Israel e Palestina




Neste final de semana, o Hamas lançou uma grande ofensiva sobre Israel, mais um capítulo em um conflito de longa data que tem raízes profundas. Para entender por que esses dois povos brigam tanto, é necessário voltar no tempo e examinar a história por trás desse conflito complexo.

Os judeus, ao longo da história, foram dispersos por várias partes do mundo. Durante a Segunda Guerra Mundial, eles foram alvos de perseguição e genocídio, o que levou muitos a buscar refúgio e segurança. Como resultado, surgiu o movimento sionista, que buscava o estabelecimento de um estado judeu na antiga terra de Israel.

Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o Plano de Partilha da Palestina, que dividia a região entre um estado judeu e um estado árabe. No entanto, os palestinos, em sua maioria muçulmanos, não concordaram com esse acordo, o que abriu espaço para o surgimento de grupos armados, incluindo o Hamas.

O Hamas é um grupo radical que busca a expulsão dos judeus e a ampliação do território palestino. Eles controlam a Faixa de Gaza, onde vivem cerca de dois milhões de habitantes muçulmanos. Enquanto isso, outros palestinos vivem na Cisjordânia, uma região que fica geograficamente próxima a Israel.

A distância entre a Cisjordânia e Jerusalém, a capital de Israel, é de pouco mais de 50 quilômetros, o que torna a convivência ainda mais complicada. Ao longo de décadas, judeus e palestinos desenvolveram um profundo ódio mútuo, alimentado por diferenças étnicas, religiosas e disputas territoriais.

Como resultado dessa hostilidade constante, ambos os países permanecem em estado de alerta devido aos frequentes bombardeios e ataques. Nesta última ofensiva do Hamas, Israel foi pego de surpresa, causando a morte de centenas de pessoas. Israel retaliou com uma contraofensiva na Faixa de Gaza, resultando em um grande número de mortos e feridos.

Essa guerra reflete a triste realidade de um conflito arraigado por questões étnicas, religiosas e de posse de território, que parece não ter uma solução fácil à vista. Enquanto a comunidade internacional busca soluções diplomáticas, a situação no Oriente Médio continua sendo uma fonte de preocupação e sofrimento para ambas as partes envolvidas.

Às Margens do Valão

 



Eu sabia que aquela viagem não seria nada parecida com um passeio pela Avenida Champs-Élysées no Dia dos Namorados, com aquele perfume no ar. Mas, mesmo assim, eu topei a tarefa de conhecer as entranhas de uma estação de tratamento de esgoto. Afinal, o que não fazemos pela educação, não é mesmo?

Lá estávamos nós, um grupo de professores de ciências, todos preparados para desvendar as mazelas causadas pela falta de saneamento básico. Sim, porque entender como funciona uma estação de tratamento de esgoto da cidade não é apenas um conhecimento curricular, é uma forma cidadã de entender o contexto social que permeia o universo dos nossos alunos.

Então, lá fomos nós, em um ônibus da prefeitura, em pleno calor escaldante, em busca desse precioso conhecimento. O primeiro ponto turístico da nossa “excursão”: um valão. E, por mais que eu achasse aquilo imundo e pensasse na moradia indigna da população, não pude deixar de imaginar aquele lugar com águas límpidas, um bosque encantador e crianças andando de bicicleta. A imaginação, sempre nos pregando peças!

E enquanto eu “contemplava” aquele valão, ouvindo sobre o compromisso do Brasil em universalizar os serviços de saneamento até 2030, me via pensando: "2030 está logo ali! Precisamos correr para ver essas instalações ficarem prontas e os rios voltarem a viver!" Quem sabe aquele valão mude de cor, e os românticos possam finalmente se sentar em um banquinho às suas margens para roubar um beijo inocente. Sonhar não custa nada!

A explicação sobre como o esgoto seria desviado para um elevatório e bombeado para a estação de tratamento foi interessante, mas eu não conseguia tirar da cabeça a ideia de que tudo isso era para limpar o que a sociedade não vê depois que dá descarga no banheiro. Literalmente, tirar a sujeira debaixo do tapete, ou melhor, do vaso sanitário.

Em outra parada, entendemos a dinâmica da construção de uma estação de tratamento de esgoto. Muito concreto e metal para limpar o que ninguém quer tocar. A minha mente se abria para todas as informações. Sim, é possível cuidar do mundo, fazer a nossa parte, mesmo que isso envolva lidar com o lado menos glamoroso da vida.

E então, o ônibus parou em uma estação (ETE) já em plena atividade. Fomos todos recebidos com cordialidade, uma palestrante afinada e uma formadora muito gentil. Tudo o que o corpo docente precisa para superar as adversidades da profissão, até mesmo as olfativas.

Vimos como o esgoto chega e como sai tratado, todas as etapas do processo. Subimos uma escadaria que nos levou até a m... bem, até a "matéria orgânica não processada". Mas nem o odor desagradável, nem o calor excessivo nos fizeram desistir de entender que o Brasil tem jeito, que podemos viver com mais dignidade.

Claro, não passeamos na Champs-Élysées e não compramos perfumes importados, mas o que importa é perceber que fazemos parte desse planeta, e se todos fizermos a nossa parte, talvez possamos torná-lo um lugar mais limpo, saudável e, quem sabe, até um pouco menos fedido. Afinal, o conhecimento é o primeiro passo para a mudança, mesmo que ele venha acompanhado de um cheirinho nada agradável.