Repensando o Dia das Crianças

 




Hoje trago à tona uma questão que assombra nossas prateleiras e carteiras: o Dia das Crianças. Essa data de 12 de outubro que é celebrada com tanto fervor na América do Sul. De fato, teríamos muitos motivos para questionar a celebração como a conhecemos.

O cerne da questão é o hábito de distribuir presentes à garotada. É nesse ponto que muitos de nós começam a suar frio nas lojas de brinquedos e a nos preocupar com nossos saldos bancários. Afinal, será que esse dia precisa ser marcado por tal orgia de compras?

O Dia das Crianças é frequentemente associado a um surto de vendas de produtos e brinquedos. Claro, isso é bom para a economia, mas alguns chamam isso de exploração comercial. E quanto às crianças cujos pais não têm as finanças para comprar brinquedos reluzentes? Será que esses pequenos merecem menos amor e atenção?

E não podemos esquecer que essa data, 12 de outubro, é escolhida de forma meio arbitrária. Será que uma única data no calendário deve concentrar todo o carinho e cuidado que as crianças merecem? 

Além disso, há as crianças vítimas da guerra, que não têm acesso a condições adequadas de vida, educação ou cuidados de saúde. Essa celebração do Dia das Crianças pode destacar essa desigualdade? É como comemorar o Dia do Sol em um lugar onde nunca vemos a luz do dia.

E o consumismo! O foco em presentes e compras pode promover uma cultura de consumo em excesso. Comemorar o Dia das Crianças com presentes grandiosos pode criar expectativas tão elevadas nas crianças que o Natal se torna uma espécie de anticlímax.

E não esqueçamos a pressão financeira que isso coloca sobre as famílias. A pressão de comprar presentes caros no Dia das Crianças pode ser esmagadora, e o que era para ser uma celebração vira um pesadelo.

Além disso, em alguns lugares, o Dia das Crianças foi inicialmente promovido por interesses comerciais. Isso faz com que alguns vejam essa celebração como uma invenção comercial, como um truque para esvaziar nossas carteiras.

Mas antes de vocês decidirem se devemos ou não comemorar o Dia das Crianças nesses moldes, lembrem-se do verdadeiro propósito. Essa data deveria ser um lembrete para pensarmos nas nossas crianças, nas ações dos órgãos governamentais e não governamentais em prol da integridade das crianças. Delas depende a evolução humanista, a construção de um mundo melhor.

Portanto, celebremos, mas não deixemos que o consumismo tome o lugar do verdadeiro significado. Se você decide ou não comprar presentes caros, o que realmente importa é o amor, a educação e o cuidado que oferecemos às nossas crianças todos os dias. Afinal, elas merecem mais do que brinquedos reluzentes, merecem um futuro brilhante e cheio de oportunidades.


Nenhum comentário: