Em um futuro não tão distante, a
humanidade se viu diante de uma corrida frenética. Não, não era uma maratona ou
uma competição de velocidade. Era algo muito mais… cósmico. A Corrida Espacial
pelo Hélio-3 estava em pleno vapor, e os competidores eram nada menos que
astronautas e cientistas.
Tudo começou quando descobriram
que o Hélio-3, aquele gás nobre que soava como o nome de um super-herói
desajeitado, poderia ser a chave para a energia limpa e ilimitada. Afinal, o
Hélio-3 era o combustível perfeito para a fusão nuclear. Imagine só: uma pequena
quantidade desse elemento gerava uma quantidade colossal de energia. Era como
se o universo estivesse dizendo: “Ei, humanos, aqui está o seu bilhete dourado
para a fonte infinita de eletricidade!”
O único problema? As principais
jazidas de Hélio-3 estavam na Lua. Sim, a Lua, aquele satélite que costumávamos
admirar com poesia e romantismo. Agora, ela era o alvo de uma corrida
interplanetária digna de um desenho animado.
Os astronautas se prepararam para
a missão lunar. Trajes espaciais ajustados, capacetes polidos, mas sem
picaretas. Sim, sem picaretas! Porque, afinal, minerar Hélio-3 era tarefa para
robôs sofisticados. Era coisa de “gente” sem suor na testa e lunáticos no
coração.
E lá estavam eles, na superfície
lunar, cavando como se suas vidas dependessem disso. E talvez dependessem
mesmo, porque a competição estava acirrada. Os Estados Unidos, a China, a Índia,
o Japão enviaram suas equipes.
Mas a Lua não tinha dono, e isso
gerou um dilema ético. Quem tinha direito ao Hélio-3? Os astronautas olhavam
para o céu, imaginando se Neil Armstrong estava lá em cima, rindo da situação.
“Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a conta de luz”, ele
diria.
Enquanto isso, os cientistas já
haviam mapeado as melhores regiões para a mineração. Eles tinham nomes poéticos
como “Cratera da Energia” e “Vale da Eletricidade”. E, claro, havia disputas
territoriais. Afinal, quem não queria uma vista privilegiada para a Terra
enquanto enchia o tanque de combustível?
As guerras espaciais começaram.
Bombas atômicas ocuparam as órbitas, e os astronautas se escondiam atrás de
crateras como se fossem trincheiras. “Parece que estamos jogando
esconde-esconde com o destino”, disse um deles, suando sob o capacete.
No fim das contas, o país que
extraísse o primeiro grama de Hélio-3 teria um crescimento exponencial de
energia e tecnologia.
E assim a humanidade escreveu
mais um capítulo na sua saga cósmica. Afinal, como dizia o lema da missão:
“Para o infinito e além… da conta de luz!”
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