Era uma manhã qualquer na escola
de Ensino Médio “Celular no Comando”, e a jovem Maria estava eufórica. “Gente,
vocês não vão acreditar, mas eu descobri um negócio chamado Word!” exclamou,
com os olhos brilhando mais que a tela do seu smartphone novinho em folha.
Os colegas se entreolharam,
confusos. “Word? Isso come ou passa no cabelo?” perguntou João, enquanto
tentava encaixar a selfie perfeita entre os emojis de sua última redação.
Maria, percebendo a confusão,
tentou explicar. “É um programa de computador, vocês sabem, aquele negócio
grande que parece uma TV com teclado?” A turma, acostumada a digitar com os
polegares em velocidade supersônica, não fazia ideia do que ela falava.
“Ah, mas para que serve isso se
eu posso fazer tudo pelo celular?” questionou Ana, digitando um trabalho de
história com tantos erros ortográficos que poderia ser considerado um documento
criptografado.
O professor, que assistia à cena,
suspirou. Anos atrás, ele havia ensinado esses mesmos alunos a digitar no
laboratório de informática. Agora, eles mal sabiam o que era um computador,
quanto mais o Word. “Na minha época, Word era o rei da formatação, hoje em dia,
o rei é o corretor automático,” pensou ele, nostálgico.
Os alunos continuaram a fazer
seus trabalhos no celular, ignorando a gramática e a ortografia, como se
estivessem enviando mensagens de texto. “Para que revisar se o importante é
enviar rápido?” era o lema.
E assim, na era dos smartphones,
o Word tornou-se uma lenda urbana, e a qualidade dos trabalhos escolares, um
mito distante. Quem sabe um dia, entre um ‘kkk’ e um ‘blz flw’, a arte de
escrever bem seja redescoberta. Mas até lá, Maria e seus colegas seguirão
navegando na vastidão de aplicativos que prometem tudo, exceto uma boa
formatação.
BLOGDOROBIN HO
Nenhum comentário:
Postar um comentário